29 de agosto de 2005

Passeio à Penha


Ontem, Domingo, fiz um passeio matinal, verdadeiramente Domingueiro, em família. Pelo facto da nossa querida autarquia ter permitido um festival de Verão à minha porta, com um excelente cartaz onde constavam uns jovens chamados Xutos e Pontapés no Sábado até às 04h00 da manhã, desde de 6ª Feira à noite que com os ensaios de som até à meia noite, não havia sossego em minha casa. Ainda por cima este ano decidiram virar o palco montado no campo de futebol exactamente para os prédios ! Ora meus amigos aquilo é que era som de qualidade em que até as nossas tripas trepidavam. Bom, era de tal forma alto que estava a ver que tinha que pregar as janelas para os vidros não quebrarem.
Decidi então que não podia ser e toca a fazer as malas para ir dormir fora. Marquei um hotel em Guimarães para andar no Teleférico. Fiz a reserva de um quarto num hotel de 3*, Hotel Fundador, por 50 € com PA, que por sinal se revelou muito melhor do que o hotel que tinha estado à pouco em Férias onde paguei por noite 180 € !!! O quarto era excelente, tinha garagem fechada e o pequeno almoço com uma variedade bastante suficiente. Eram 11h00 já estava a estacionar o carro junto do local para encetar a subida depois de uma clara explicação do recepcionista do hotel de qual era o percurso para lá chegar. Depois do moedinhas me ajudar a estacionar, lá me dirigi para a bilheteira onde paguei 3 € por uma viagem de ida e volta por pessoa. Não tinha quase ninguém, mesmo sendo Agosto e Domingo. Eu já tinha andado de teleférico na neve, julgava eu que agora se aproximava a hora de maior adrenalina, em que em pleno movimento do teleférico teria que “montar” com uma criança ao colo. Mas não, surpreendentemente o teleférico da penha era muito melhor, no momento de carga e descarga da cabine a velocidade baixa para valores muito próximos do 0 pelo que é muito fácil subir e descer mesmo para crianças e idosos. O teleférico está também preparado para transportar bicicletas para depois por um trilho existente fazer a descida . Aconselho mesmo este tipo de cabines para a viagem em dias quentes, como foi o caso de ontem, pois são bastante mais frescas. Pareceu-me engraçado o percurso da descida de bicicleta. Falei com um dos muitos bikers que lá estavam, que me disse que a descida era engraçada, e que tinha alguns pontos de dificuldade acrescida com saltos e outras coisas afins, e que se demorava cerca de 10 a 15 minutos a descer. Cheguei lá cima, após 10 minutos de viagem, e ainda se tem subir uns 5 minutos a pé para alcançar a igreja e parque. Pelo caminho, em pleno parque, já se via à fresquinha, famílias tipicamente minhotas, sentadas nas diversas mesas do parque das merendas, a desfrutar da envolvente enquanto atestavam o bandulho com uns rojões e verde tinto para empurrar apesar de ainda serem umas 11h30 da manhã.
Finalmente cheguei lá em cima, com uma dor de costas acentuada pelo facto de ter alombado com o meio rebento às costas, onde pude desfrutar da magnifica vista e de ter convivido com a gente daquela terra que de facto deveriam ser expostos tal-qualmente se de animais exóticos se tratassem . São gentes de trabalho, de rosto pelo sol queimado e faces rosados do verde tinto, quer os homens, as mulheres ou as crianças. Normalmente andam acompanhadas por uma velhinha toda vestida de preto, de saias, meia de felpo, e chinelo preto, e, com a cabeça tapada por um lenço da mesma cor, sempre de boca aberta e sem dentes, e também por uma criança a quem chamam “ ó meu menino” ou “ ó minha menina”.
Ao meio dia já estava de novo no ponto de partida a preparar-me para o próximo capitulo. O Tacho.
Aproveitem.

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