17 de maio de 2006

Aconselhamento

Após prolongada ausência aqui estou eu de novo a tentar lançar "postas".
O motivo da minha ausência foi em primeiro lugar, um claro reconhecimento de não conseguir manter o nível da escrita patente pelo nosso membro Tylben, quer ao nível da correcção com que escreve, quer ao nível dos conteúdos que escolhe, normalmente com bastante piada. Em segundo lugar a falta de disponibilidade pela maldita vida de quadro superior de uma Empresa Portuguesa, onde para além de parecer mal ter horários, parece mal só trabalhar 8 horas, e, parece mal não gerir em déficit, isto é, ter menos do que aquilo que se necessita por forma a estimular a inovação, leia-se inventar, e assim aumentar a produtividade, leia desenrascar e ficar sempre a perder ( ficará para mais tarde uma posta sobre o conceito produtividade na industria portuguesa e esta sim com imensa piada ) . Em terceiro lugar a péssima memória que me impede de recordar diversos acontecimentos que se me deparam ao longo do dia e que dariam belas postas neste blog. Ora quando a fome se junta à vontade de comer a dieta fica estragada.
Bom...após este intróito aqui vai o que me levou a “postar”.
Num passado bem recente perdi um familiar, um tio, irmão do meu pai, com o qual não mantinha relação próxima. Era uma pessoa de bastante nova, com idade próxima dos 65 anos, e que por sinal ninguém sabia, ele inclusive, que tinha um cancro que no espaço de 1 semana o arrumou.
No funeral, questionei um outro meu tio, pessoa da qual tenho grande estima e apreço, com baixa formação escolar, mas grande formação humana e com uma vida exemplar, de qual tinha sido a causa da sua morte, uma vez que se tratava para mim, de algo inesperado. A resposta ao problema foi : “Olha Sobrinho, ele foi um grande fumador, um grande bebedor e um grande comedor e isso paga-se caro.” . De facto o defunto era aquilo a que se chama um Bon Vivant e entenda-se como grande comedor toda a abrangência da expressão. Foi aqui que um clique me assolou e pensei em mim e nos membros da Corge. De facto na Corge não apareceu nenhum Tio Sábio e todos tínhamos o espirito de Tio Defunto. Fumar, Beber e Comer foi sempre abrir e continua a sê-lo. Ainda me lembro dos tempos de depois do jantar no tenista, que de certeza não tinha sido de pescada cozida, bem regado, não com agua, nos deslocávamos para o Tono onde marchavam 1 ou 2 wiskys e um maçito de cigarros, a que se seguia uma visita à industria onde iam mais 5 ou 6 e mais um maçito. Hoje em dia já não estamos assim, no entanto não bebemos tanto mas enchemos mais o copo e alguns já deixaram de fumar. Pela parte que me toca os problemas de colesterol já me fizeram frenar. Fica então o meu conselho, está na hora de parar, e regrar, pois estamos a chegar ao intervalo desta grande peça de teatro que é a vida.
Primo

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