12 de maio de 2008

Fátima a pé ou saltamos de um arranha-céus?


Apesar dos esforços dos últimos governos em maquilhar os atrasos do nosso país aos mais vários níveis, criando soluções tipo “fast-food” para rapidamente elevar a nossa posição nas estatísticas Europeias, há factos que são por si só reveladores do atraso do verdadeiro Portugal. O Portugal real, que é mais o Portugal da "Liga dos Últimos" e menos o Portugal do "Caras Notícias". O nosso governo, de tão preocupado que está com a segurança e bem estar dos cidadãos, e para dar um ar de país desenvolvido desata a perseguir quem fuma, determina a inspecção obrigatória de motociclos, mas pasme-se, assiste impávido e sereno a esta romaria de jorradas de gente a caminhar de forma inconsciente e arriscada pela berma de uma movimentada estrada nacional. A meu ver, a igreja tem também neste caso uma inquestionável responsabilidade. Em vez de andarem preocupados com a condenação do uso do preservativo deveriam prestar mais atenção aos riscos a que são expostos os seus féis intervindo de forma urgente e responsável para encontrar soluções para esta aberração.

Ontem ao ouvir na rádio a fatídica notícia de que um grupo de 9 peregrinos tinha sido atropelado repesquei a ideia que tive quando há cerca de um ano atrás fiz o caminho português de Santiago de Compostela. A ideia consiste em aliando o útil ao agradável tentar traçar um novo percurso do Porto a Fátima e que sirva para de uma forma segura, com um traçado atraente, reduzir a inaceitável perigosidade em que consiste fazer esse percurso pela IC2/EN1.

Para além do objectivo primordial da segurança, que assim seria objectivamente alcançado, permitiria cativar mais gente que movida pela fé ou não, de forma regular e não só nesta época do ano pudessem percorrer o caminho. Um caminho seguro e interessante sobre o ponto de vista paisagístico e com trilhos o mais possível em terra batida e menos em alcatrão, permitiram ainda que um grande número de adeptos das caminhadas e de outros desportos como o BTT pudessem juntar-se como potenciais utilizadores do mesmo. Porque na verdade, hoje em dia, quem percorre o caminho actual tem mesmo que estar provido de grande dose de fé e coragem para enfrentar aquele suplício e risco! Mas as vantagens não terminam aqui. Quem já percorreu o caminho de Santiago (especialmente o francês) pôde constatar o grande numero de estrangeiros que durante praticamente todo o ano percorrem o mesmo, constituindo uma importante fonte de rendimento ao nível do comercio e turismo dos locais por onde passa.


Já que quem deve não se mexe, quando o tempo me permitir tenho em vista fazer o reconhecimento deste percurso em BTT para encontrar e desenhar um novo caminho de Fátima.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não li.lol

é só para dizer que és simplesmente estúpido

Primo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Primo disse...

Sim, sim, e já agora todo o caminho planinho, com pista para peões, biclas, trotinetes, skates ou patins em linha, com tuneis para evitar subidas e descidas acentudas,rede sombreira para proteger da chuva e do sol, e ainda, ao longo de todo o caminho, um sistema de som tipo campo de futebol a tocar o avé maria !
Grande Ideia, Depois da invenção do aperta.
Toca a apresentar candidatura ao QREN.