25 de agosto de 2005

NORTADA

O calor insuportável penetrava-me nas entranhas,
e o mínimo esforço físico deixava coladas as roupas ao corpo
O ar parecia rarear e o sol que pesava nos ombros,
não parava de me perseguir

Como se de um sinal inscrito no meu código genético se tratasse
Desloco-me em direcção ao mar que nem tartaruga acabada de nascer
Procuro o ar fresco que me liberte do sufoco
O Oásis de frescura que me banhe as suadas peles

Do cimo da avenida avisto a praia,
No enquadramento surge também a bandeira,
Que desfraldada é violentamente sacudida pelo vento
Abro a janela da viatura e ponho o braço de fora,
Foda-se…Está uma nortada do caralho…!



Ora, a questão que eu deixo é a seguinte:
Será que ainda ninguém se apercebeu que sem este problema resolvido não haverá nunca turismo nas praias do Norte de Portugal?

Para quando a construção do tapa vento gigante de lona em Caminha, que de uma vez por todas, resolverá este problema que atormenta os veraneantes nortenhos?
Sim, porque toda a gente sabe que a nortada nasce em Caminha, devido ao monte Santa Tecla que provoca uma espécie de corrente de ar muito forte que depois encana pelas praias abaixo, so amainando lá prós lados de Lisboa.

Tylben

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